No embalo do colorido da vida

É com muita alegria e bastante felicidade que apresento a imagem, pela qual fiquei em 4º lugar na categoria profissional, do concurso com o tema sobre o "Universo Feminino". Abaixo, matéria divulgada pelo portal de notícias Paraíba1:

"Um júri composto por profissionais de fotografia e de publicidade da Paraíba se reuniu nesta quinta-feira (20) no Hotel Xênius para escolher as melhores fotos do concurso Paraíba dos Seus Olhos 2008. Eles avaliaram os trabalhos inscritos segundo critérios como domínio técnico, estética e fidelidade ao tema Imagens do Universo Feminino.

Os 25 trabalhos selecionados (12 de profissionais e 13 de amadores) vão receber premiação em dinheiro, além de participar da exposição na galeria de arte Solo, no Centro Cultural Zarinha, de 3 a 20 de dezembro. Na categoria Profissional, os prêmios são: 1º Lugar - R$1.500,00, 2º Lugar - R$1.000,00, 3º Lugar - R$ 500,00, 4º ao 12º Lugar - R$200,00; e na categoria Amador: 1º Lugar - R$ 1.000,00, 2º Lugar - R$ 500,00, 3º Lugar - R$ 300,00, 4º ao 12º Lugar - R$100,00.

Em sua terceira edição, o concurso tem despertado cada vez mais interesse do público e, em tempos de foto digital, a resposta à proposta superou expectativas da organização. Mais de 270 fotos foram inscritas, o que representou um aumento de quase 20% em relação ao ano passado."

Aconteceu lá em São Paulo...

Na primeira semana de agosto, 1 a 5, estive em São Paulo fazendo a divulgação de Romeiros de Corpo e Alma. A quantidade de livros que levei, 30 exemplares, acabou rapidinho. Todo mundo sabe, culturalmente falando, que São Paulo é São Paulo.

Pois bem, nessa viagem de trabalho fui à procura das lojas de fotografia para consignação dos meus livros. Uma das principais ruas, onde encontram-se as principais lojas, é a Conselheiro Crispiniano. Fui caminhando pelo centro da cidade perguntando a um e a outro onde está localizada a tal rua. Nesse percurso, encontrei o jornalista César Menezes, da Rede Globo. Quando pedi a informação para chegar no meu destino, César foi atencioso e super-simpático. Eu percebi que ele viu que eu estava cheio de livros embaixo do braço. No mesmo instante, fiz minha apresentação e mostrei um dos livros. Ele gostou demais e me fez um monte de perguntas sobre meu trabalho, e eu respondi todas. Foi jóia mesmo, fiquei muito entusiasmado e linsojeado em ouvir uma opinião de quem entende do assunto. Na oportunidade convidei o repórter César para visitar a Paraíba, e ele me falou que esteve recentemente aqui fazendo uma matéria em Guarabira, com uma juíza que havia administrado, com competência, o regime semi-aberto de presos.

Depois de uns 10 minutos, fizemos um registro de nossa conversa. César Menezes está ao meu lado direito, e do lado esquerdo o cinegrafista Alberto. Logo em seguida, fui para as lojas conversar e negociar mais um pouco, só retornando às 18:30 para o hotel.

Para adquirir o livro é só entrar em contato através do e-mail:
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E a divulgação continua...

Eu achava que o mais difícil seria publicar o livro. Me enganei completamente. A árdua tarefa está na divulgação do mesmo. O que pra mim, alguém que conhece muitas pessoas, seria o mais fácil. Pensei nas livrarias e nas suas prateleiras esperando as obras. Ah, se fosse só isso. Vou contar um pouco de minha peregrinação. Vejam:

Chego nas lojas, que aqui em João Pessoa já são poucas, digo que é um livro de fotografia, e percebo um gesto de reprovação do atendente, pois ele sabe que tem poucos no mercado e a saída é ruim para o comércio. Quando menos espero, ele pergunta: "Mas fotografia de quê?". Explico que é um registro da expressão do nordestino na religião, com todas as fotografias registradas no Ceará. "Fotos no Ceará? Não sei não, viu." Nisso, eu respondo: "Mas eu sou paraibano, e o que eu quero mostrar é a imagem dos nordestinos". Isso é só pra começo de conversa. Depois, vem aquela frase que eu escuto toda vez: "Nós só trabalhamos com consignação, a livraria não tem capital pra comprar todo mundo que aparece aqui com um". Tudo bem, eu aceito a consignação. Já terminando a conversa, temos a hora de negociar a comissão. Essa varia de um local pra outro. Tem livraria que pede 30% e outras 50%. Deixo nas duas, vou fazer o quê? Só sei que um livro é pra realizar um sonho mesmo.

Mas, não tenho só lamentações não. Por exemplo, na foto acima, estou com o queridíssimo Padre Júnior. Uma figura forte na religiosidade paraibana. De uma oratória simples, digo sem um discurso prolixo ou cansativo, este prende a atenção dos ouvintes com sutileza, com um grande orador o faz. Aqui, estamos logo após um culto ecumênico. O padre recebeu com satisfação meu livro, aproveitou para elogiar nossa preocupação com os nordestinos, e todo povo sofrido que frequenta o Juazeiro do Norte.

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Um sorriso que nos invade

Quando realizei a mostra fotográfica Romeiros de Corpo e Alma, 31 de agosto a 23 de setembro de 2007, muitas das quarenta imagens chamaram atenção. Encontrei muita gente comentando sobre a foto da sombra, argumentando sobre as imagens do comércio religioso de Juazeiro, também falaram sobre as crianças que já seguem dentro da tradição das viagens sofridas de pau-de-arara, etc. Mas, nenhuma dessas fotografias chegou perto dos elogios credenciados à imagem acima: um sorriso lindo de uma senhora por demais cativante.

Ela tem o que pode-se chamar de "sorriso contagiante". A situação não era de tanta alegria assim. Aconteceu dentro de uma igreja lotada, perto da hora do almoço, num lugar muito quente e com pessoas de pouquíssimo recurso financeiro, para não dizer com nada. Entretanto, a paz foi maior que todo esse tormento. Ou melhor, o sentimento de bondade e carinho cortou feito uma espada todo e qualquer sofrimento. Imagine a seguinte situação: você se aproxima de alguém que nunca viu, arrisca um sorriso meio encabulado e recebe uma expressão encantadora! O real desejo é nunca mais sair dali. Ainda bem que existe a fotografia para eternizar um momento e fazer com que a saudade limpe qualquer lágrima.

"Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios" - Martin Luther King.

Meu sublime torrão

Num recanto bonito do Brasil
Sorri a minha terra amada
Onde o azul do céu
É mais cor de anil
Onde o Sol tão quente
Parece mais gentil
Lá, eu nasci, me criei,
Fiz canções e amei
Sempre tive inspiração
Lá, no Nordeste imenso,
Tem um fulgor intenso
Meu Sublime torrão
A minha terra
Que só encerra
Belezas mil
Pode ser chamada
A namorada
Do meu Brasil.
Minha terra tem
O Cantar dos passarinhos
Na lagoa, os gansinhos
Com seu nado devagar
As morenas tão gentis
Ostentando os seus perfis
Numa noite de luar
Não tem a fama da baiana
Mas a paraibana
Sabe amar, tem sedução
Paraíba hospitaleira
Morena brasileira
Do meu coração.

Genival Macedo, compositor paraibano.

Obrigado, Governador!

Estou com as malas prontas para São Paulo! Viajo na próxima segunda, 28 de julho, pois na terça é a festa de premiação do 1º Concurso Nacional de Fotografia - Consigo a melhor imagem, e também apresentação dos trinta melhores trabalhos, entre esses, o meu.

Essa viagem só está acontecendo, graças a autorização do governador Cássio Cunha Lima, que foi extremante atencioso ao meu pedido, concedendo-me a passagem aérea ida e volta, através da Casa Civil, que tem a frente um secretário (muito) atencioso, o deputado estadual Romero Rodrigues.

O encontro com o governador foi formidável. Aconteceu logo após ele terminar uma entrevista na Arapuã FM. Esperei ele sair da sala, e fiz aquela "abordagem" corpo a corpo. Tentei resumir rapidamente o meu pedido, e quando menos esperei vim um sorriso no rosto de Cássio, já fui sentindo que logo viria um sim. Assim, aconteceu. O governador procurou uma caneta para assinar a autorização, e eu rapidamente puxei uma do bolso. Lingeirinho mesmo. Outro riso do governador. E muitos outros meu, até agora.

Agradeço aos amigos da comitiva do governador, que foram extremamente educados, fazendo-me acreditar que seria possível: Padre Albeni, Sgt. Aguiar e Rômulo. Meu muito obrigado a vocês três também!

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O esforço valeu a pena

Passados alguns dias do lançamento do livro, a árdua tarefa de distribuição com as livrarias, entrevistas em jornais e emissoras de televisão, sinto que estou no começo e caminhando certo com a arte que me faz tão bem: a fotografia.

É formidável rever todas as imagens, pois na revisão as perspectivas aumentam. É muito prazeroso também reler os textos explicativos que constam no livro, são de fato a legenda mais fiel para as fotografias. Vou citar um trechinho do arcebispo Dom Aldo Pagotto: "Rostos e olhares indecifráveis, em busca do infinito, mãos erguidas em preces e súplicas, lágrimas e sorrisos que exprimem dor e esperança, caminhadas seguidas após viagens sacrificadas até em pau-de-arara".

Confesso que realizar todo o trabalho em preto-e-branco aumentou a beleza das imagens. A luz do claro e escuro é impactante. Sempre foi. Eu tenho um fascínio tremendo por esse tom suave em contraste com a realidade dura do nordestino. De fato, essa opinião não é só minha. As pessoas que estão conhecendo meu trabalho dizem o mesmo também. Tenho certeza que é algo extremamente relevante, pois o livro está ocupando seu real valor didático: ensinar.

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Confira no blog do fotógrafo Fernando Rabelo:
http://imagesvisions.blogspot.com/2008/07/o-fotgrafo-ivan-correia-lana-livro-com.html

A exposição que virou um livro

Enfim, aconteceu o lançamento do livro Romeiros de Corpo e Alma. Como a manchete dessa postagem já diz, a obra é fruto da mostra fotográfica que me rendeu ótimos convites para expor em várias galerias de arte em todo Brasil.

A noite do dia 20 de junho, na Fundação Casa de José Américo, aqui em João Pessoa, serviu de palco para esse evento cultural tão esperado por mim. Meu irmão, Daniel Correia, conduziu o cerimonial. Primeiro, convidou o presidente da casa, Dr. Flávio Satyro Filho, para fazer o discurso de saudação e boas-vindas a todos os convidados. A apresentação do livro, com o Dr. Carlos André Cavalcanti, historiador e orientador da Pós-graduação em Ciências das Religiões da UFPB, foi brilhante! Falou da importância do livro, como instrumento de resgate de um fenômeno sócio-religioso que envolve uma cultura, um povo. Citou o jesuíta Gabriel Malagrida, e sua trajetória de evangelização por todo sertão, comparando-o com o Padre Cícero, líder político e religioso do Juazeiro do Norte. E finalmente, usei a palavra para os agradecimentos. Fiz um resumo de toda trajetória na elaboração do projeto. Não esqueci de dizer, muito emocionado, o meu amor pelo nordeste e pelas pessoas que me ajudaram na realização desse sonho.

Agora é continuar seguindo com os projetos culturais. Tenho muito trabalho, muito ainda o que fazer. Foi percorrer, pelo menos, um ano com a exposição e o livro. Conhecendo novas pessoas, viajando, contando minhas histórias e experiências com toda esse povo sofrido, porém encantador.

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Confira mais imagens do lançamento:
http://www.gerardo.com.br/noticias_ver.php?id=1593&cat=2

Um monte de gente assistiu

Ontem estive no programa Alex Filho com você transmitido ao vivo pela TV Master. O bom da entrevista é Alex Filho deixar o entrevistado com um tempo maravilhoso para respostas, indagações, esclarecimentos. Não tem aquela pessoa da produção apressando o ritmo, tentando agilizar. Absolutamente. Você sente-se, literalmente, à vontade.

Legal, também, foi que falei do amigo Lira Neto, jornalista. Falei de vários amigos, mas sobre Lira consegui me empolgar mais. Levei a biografia que ele escreveu sobre Maysa, e disse da minha alegria e honra em ter um texto desse biógrafo no meu livro. Alex Filho elogiou bastante, e acrescentou: "Seu marketing é grande, Ivan. Não é todo mundo que tem um texto de peso como o de Lira Neto. Parabéns".

Agradeço a toda produção de Alex Filho, e aproveito para estender meus agradecimentos à toda imprensa paraibana. Sempre consigo apoio para divulgação desses meus projetos. É importante para o artista, funciona como uma exposição mesmo do trabalho, pois o público alvo é grande. Todos têm uma televisão em casa, é algo religioso e muito tradicional assistir o "repórter". Muito obrigado por esse apoio formidável.

O patrocinador do livro

Tudo pronto e agora vem um agradecimento bem especial. Quero registrar o incentivo e patrocínio de Allison Denis, diretor de administração e finanças da Massai, empresa que financiou a obra pela qual me dedico desde os últimos três anos. Eu fiquei muito feliz com essa iniciativa, e meu desejo é que outros empresários despertem para investimentos na área cultural. É o estado quem ganha. É nossa identidade que é favorecida. É a história de um povo registrada para que outras gerações aprendam, discutam. São muitos fatores, muitos argumentos. O livro é, e sempre será, um grande documento.

Allison foi super simpático com a idéia. Apresentei o projeto e com pouco mais de 15 minutos, fechamos o patrocínio. Fiquei naquela ansiedade desde então e só espero o dia 20 de junho, para que no lançamento, a minha emoção abuse da felicidade. Essa felicidade será compartilhada com meus amigos e parentes presentes no coquetel. Só para lembrar, o coquetel será realizado na Fundação Casa de José Américo, 3336, Cabo Branco, João Pessoa, Paraíba, às 19 horas. Você também é nosso convidado!

Sucesso para Massai e todos seus colaboradores. Foi uma honra nossa parceria. Finalizo com meu muitíssimo obrigado.

MASSAI - CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES
www.massai.com.br

Uma fotografia em agradecimento

O livro ficou pronto, amigos! O lançamento está marcado para o dia 20 de junho de 2008, às 19 horas, na Fundação Casa de José Américo, aqui em João Pessoa.

Na última sexta-feira tive a oportunidade de encontrar Dom Aldo Pagotto e, na ocasião, agradeci o texto que ele escreveu para meu livro. Agradeci e também ofereci de presente uma fotografia da Igreja do Carmo, imagem que fiz em 2004 e que pertenceu a exposição Campanário. Dom Aldo ficou muito feliz e bastante agradecido pelo quadro, pois na foto aparece também a Capela da Ordem Terceira do Carmo e o Palácio do Bispo, seu ambiente de trabalho. "Já tenho um lugar certinho para colocar na parede, meu caro Ivan", disse.

Além desse texto que Dom Aldo escreveu, o livro conta com mais quatro textos explicativos em edição bilíngüe, português e inglês. Temos, então: Anselmo Jeronimo (historiador), Carlos André Cavalcanti (historiador), Lira Neto (jornalista) e Renato Félix (jornalista). Meu muitíssimo obrigado a estes parceiros deste projeto, cujo estou envolvido há mais de três anos.

Livro: Romeiros de Corpo e Alma

"O fotógrafo cultural Ivan Correia tem pronto os originais de um livro que pretende editar brevemente com fotografias tiradas na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, e que revelam a exata expressão da religião e da fé do povo nordestino. O livro tem texto de apresentação de Dom Aldo Pagotto. Recentemente Ivan Correia recebeu de presente do artista plástico Miguel dos Santos uma pintura em óleo sobre tela que pretende leiloar ou revender para conseguir recursos para a publicação da obra".

Coluna Social - Abelardo Jurema, 16 de abril de 2008.

Poesia e fotografia com Chico e Ivan

Eita que estou feliz demais! Há pouco mais de duas horas estive com esse cara super-talentoso, o paraibando Chico César. Foi muito legal. Aconteceu num momento antes do ensaio de Chico com sua banda no studio do amigo Sérgio Gallo.

Na ocasião, apresentei meu próximo projeto fotográfico: Uma encanta pelo som, outra pela luz - Fotografias de Ivan Correia inspiradas nas Canções de Chico César. A idéia é essa de retratar em luz aquilo que o artista fez em poesia, sendo com todas as fotografias na cidade de Catolé do Rocha, cidade palco raiz de identidade direta com a exposição.

Por sua origem e por suas características, a poesia está muito ligada à música. Ela é uma das mais antigas e importantes formas literárias. Desde tempos remotos as pessoas sentem prazer em cantar enquanto trabalham ou brincam. Os poetas antigos recitavam histórias de deuses e heróis. Eles conquistaram grandes honrarias em todas as civilizações. A fotografia é uma forma especial de linguagem. É uma arte que favorece a imaginação e a sensibilidade. Unindo os três conseguimos transmitir, sobretudo, emoções.

Em termos gerais, a linguagem quer seja da música, poesia ou fotografia, neste projeto, terá um cuidado estético com a palavra, matéria-prima de Chico César.