domingo, 18 de novembro de 2007

Gênesis por Sebastião Salgado


Talento e muita sensibidade ao clicar é com esse brasileiro acima: Sebastião Salgado. Sem dúvida nossa maior referência, há muitos anos, na fotografia, ou como queiram chamar, no fotojornalismo. Sou um fã incondicional mesmo. Seu trabalho me inspira, assim como sua paciência e elegância ao ser entrevistado pelo mundo inteiro.

Assistindo entrevista no Jornal da Globo, semana passada, Salgado dizia: "Nós destruímos 54 por cento do planeta e ainda temos 46 por cento intactos, como no dia em que o planeta foi concebido. Dei a esse projeto o nome de 'Gênesis' e, desde o início de 2004, comecei a procurar a natureza, os animais e os homens que fomos há dez mil anos atrás". Nessa reportagem vi algumas dessas fotografias, algo bem impressionante, criativo, belo e agradável aos olhos. Disse ainda sobre sua profissão: "É a minha vida. Fotografando não sinto frio, cansaço, nada. É linguagem universal, pode ter cunho plástico, social, mas é preciso ser feita com prazer, dominar a luz, o quadro, o visor. É isso que faz a foto ser sua, tornar-se uma forma de vida. Tenho uma profissão que me coloca de frente com as coisas, com os fatos. Ninguém está contando que aconteceu uma coisa, você está vendo, o que é muito forte."

Reconhecido internacionalmente, Sebastião Salgado já recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia. Começou em 1973 em viagem ao continente Africano, onde colheu as primeiras imagens. De lá pra cá não parou mais. Entre suas principais exposições, destaco: Refugiados e migrantes, A África à deriva, A luta pela terra, Outras américas, Trabalhadores, etc. Todas fotografias de cunho social, preocupado com o mundo e suas transformações.

Salgado mora altualmente em Paris com sua esposa e colaboradora, Lélia Salgado, autora do projeto gráfico da maioria de seus livros. Olha um exemplo de que sempre ao lado de um grande homem, há uma grande mulher! Sucesso e que essa exposição receba o convite de chegar à Parahyba.


sábado, 3 de novembro de 2007

Concerto no Bangüê!


Ontem, 2 de novembro, no Cine Bangüê do Espaço Cultural, a Paraíba recebeu dois músicos e várias músicas de qualidade. Eu estive lá e assisti com muita sensibilidade a apresentação de James Alexander e Luciana Soares, um duo de violino e piano, respectivamente. A excelente apresentação, que iniciou pouco depois das 20h15, e com a entrada franca, contou com interpretações das obras de José Alberto Kaplan, Liduino Pitombeira, Leos Janacek e Ludwig van Beethoven. Foi maravilhoso!

A platéia foi formada de pessoas em busca de ouvir música de conteúdo, interpretadas por dois professores, com doutorado, e que atuam fora do Brasil. Vi muitos músicos de nossas orquestras também, tanto da Jovem, quanto da Sinfônica e da Prefeitura também, com lotação máxima no Bangüê, que aliás, faz anos que necessita de manutenção. Os doentes de rinite alérgica não tem condições de ficar cinco minutos ali dentro. Na verdade, a estrutura do Espaço Cultural é carente de reformas, cuidado, falta um pouco, apenas, de amor. Deixa pra lá...

Informações que consegui no programa distribuído antes do recital: James Alexander é norte-americano e membro do Trio Burle Marx, conjunto de câmera formado com os músicos James e Dennis Parker. O professor, atualmente, é diretor do programa de cordas na Nicholls State University e diretor da série de concertos Pelican State Chamber Music Series no estado de Lousiana, EUA. Luciana Soares é uma pianista de Goiana que leciona piano na Nicholls State University e se apresenta como solista e camerista no Brasil e nos Estados Unidos. A pianista já gravou um CD intitulado "Brasileira: Piano Music by Brazilian Women".

Parabéns a Universidade Federal da Paraíba, através do Departamento de Música e de Pós-graduação, pela iniciativa de realizar um intercâmbio musical sensacional!